domingo, julho 31, 2005

Crítica a concerto em Sines

Já foi há algum tempo mas ainda assim resolvi publicar a crítica que encontrei num site ligado à CM de Sines ao concerto dado no fim de 2003:
Música para a música e para Deus - Com duas palavras apenas - “Kyrie eleison” (“Senhor, tende piedade”) - começou a grande música europeia. Com duas palavras apenas - “Kyrie eleison” - se fez melhor música portuguesa de sempre, nos séculos XV, XVI e XVII, em lugares agora insuspeitos como, por exemplo, a Sé de Évora. Com “Kyrie eleison” começou a “Missa ab initio ante saecula creata sum”, de Manuel Cardoso (c. 1566-1650), a magnífica peça que fechou o concerto de Natal 2003, realizado dia 20 de Dezembro, na Igreja Matriz, com o Grupo Vocal Olisipo a fazer jus ao prestígio. A polifonia da Renascença é uma música curiosa: são textos sagrados cantados “a capella” por senhoras de saia preta e senhores de calça vincada, mas é sobretudo um espectáculo da música a divertir-se com ela própria. Música para Deus, mas música para a música, ornamentada, conspícua, lúdica. Quando chegou no seu cavalo preto, a Contra-Reforma tentou disciplinar a sensualidade pouco sagrada da música sagrada do seu tempo, mas perdeu a batalha. Graças a Deus. Porque se tivesse ganho talvez não sorrissem como sorriam Elsa Cortez (soprano), Maria Luísa Tavares (soprano), Lucinda Gerhardt (contralto), Diogo Cerdeira (tenor), Armando Possante (barítono e direcção) e Carlos Pedro Santos (baixo). Sorriam porque havia o Céu no Céu e o Céu cá em baixo, no baile das suas gargantas. Além da missa de Cardoso, o Grupo Vocal Olisipo interpretou dois vilancicos de Natal de Pedro Rimonte (um banquete harmónico) e quatro responsórios de Natal de Estêvão Lopes Morago (as peças mais solenes). O Concerto de Natal foi uma organização da Associação Arte das Musas e da Diocese de Beja (Departamento do Património Histórico e Artístico), no âmbito do I Festival Terras Sem Sombra. A Câmara Municipal de Sines, uma das entidades que apoia o festival - cujo mecenas é a Administração do Porto de Sines -, foi co-organizadora.

segunda-feira, julho 18, 2005

Crítica no Expresso


Excertos da crítica feita por Vanda de Sá ao último disco do Olisipo no Expresso desta semana: Chamada de atenção para um belíssimo disco de música portuguesa que sob o título Tenebrae reúne obras dedicadas ao culto dos mortos e ao ofício de Trevas.(...) Este reportório tem merecido as melhores atenções por parte de alguns dos mais consagrados intérpretes de música antiga, como H. Christophers ou Ph. Herreweghe, desde os anos 80.(...) Desta feita o Grupo Vocal Olisipo, fundado em 1998, sob a direcção de Armando Possante, afirma-se da melhor forma no quadro de uma discografia altamente competitiva. Correcção e elegância estilística, homogeneidade sonora e de articulação, a par de uma textura transparente e luminosa estão entre as qualidades interpretativas. Rigor de afinação (que constitui particular deleite neste reportório porque determinante no colorido e p.e. ao fraquejar retira algum brilho ao Intróito da Missa de Cardoso). Ainda fraseado muito bem "respirado", perfazendo longos arcos que se encadeiam numa longa estrutura de grande consistência e entranhada espiritualidade. Assume particular relevância a divulgação dos Responsórios de Francisco Martins, música de uma beleza extraordinária a que os Olisipo parecem particularmente sensíveis, pois é aqui que atingem alguns dos seus melhores momentos (p.e. "Vinea mea electa"). No estado de maturidade em que se encontra espera-se que o agrupamento Olisipo encontre um horizonte generoso para o alargamento, que se deseja urgente, da sua discografia.

sábado, julho 16, 2005

Moura



A propósito do recente concerto no Convento dos Capuchos, no qual interpretámos obras de Ivan Moody, aqui fica uma foto de um concerto na Igreja Matriz de Moura no final de 2004. Na foto vemos o GVO na companhia do flautista António Carrilho e do compositor Ivan Moody.

sexta-feira, julho 15, 2005

Olisipo nos Capuchos


O Grupo Vocal Olisipo apresentou-se no Convento dos Capuchos em conjunto com o flautista António Carrilho. Participaram como cantores Elsa Cortez, Maria Luisa Tavares, Lucinda Gerhardt, Diogo Cerdeira, Ricardo Martins e Carlos Pedro Santos. Interpretaram obras de Palestrina e Ivan Moody, com textos do cântico dos cânticos.

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Este é o Blog do Grupo Vocal Olisipo.
Um local para saber informações sobre os concertos, repertório e actividade do grupo e dos seus membros